A comitiva brasileira formada por prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais que se encontrava em Israel deixou o país por via terrestre rumo à Jordânia e embarcou nesta terça-feira (17) de volta ao Brasil. A saída ocorreu após o fechamento do espaço aéreo israelense em razão da intensificação do conflito com o Irã.

Os confrontos entre os dois países chegaram ao quinto dia nesta terça. Desde sexta-feira (13), os ataques mútuos resultaram na morte de 248 pessoas, segundo autoridades locais.

Em nota divulgada na segunda-feira (16), o Ministério das Relações Exteriores afirmou que as autoridades brasileiras ignoraram um alerta consular emitido pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv, que recomendava evitar viagens à região devido à instabilidade provocada por conflitos armados. “Em junho corrente, duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a Israel a convite do governo israelense, a despeito do alerta consular”, informou o Itamaraty.

O grupo, com 12 integrantes, atravessou a fronteira de ônibus na manhã de segunda-feira (16) e seguiu até a Arábia Saudita. Parte da comitiva retornou em um jato particular fretado pelo deputado federal Mersinho Lucena (PP-PB), filho do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que estava entre os integrantes da delegação. O avião decolou do Aeroporto Regional de Tabuk por volta das 3h40 (horário de Brasília).

Os demais membros embarcaram em voo comercial com destino ao Rio de Janeiro, também a partir de Tabuk, cidade a cerca de 110 km da fronteira com a Jordânia.

Segundo o Itamaraty, o governo de Israel já ofereceu rotas de saída para outras 27 autoridades brasileiras que ainda permanecem no país.